Entre 1951 e 1952, após a construção das séries "caixotes" 736 - 745 e 901 - 910, a Carris decidiu fazer uma versão unidireccional desses "caixotes", para substituir as séries 283-322 (excepto o 305), e substituir alguns carros da série 400 (S. Luiz), todos eles com possibilidades de puxar atrelados... mas só alguns fizeram esse serviço.
O 492, aqui presente na foto, representa a ligação estética entre os "Caixotes 700" e os restantes "Caixotes".
492 - Belém
Como podem ver, todos os restantes "caixotes apresentam ligeiras diferenças nas janelas.
Estas fotos apenas ilustram a forma transversal como este modelo foi numerado.
290 - Largo de Santos
311 - Belém
Este "Caixote", embora unidireccional e ao invés dos "irmãos", tem a particularidade de não dispôr dos dispositivos de engate e transmissão de ar necessários para a tracção de um atrelado.
443 - Rua Alexandre Herculano
Mas este, da mesma série, já tem...
462 - Alto de São João
E este é o único "sobrevivente" de tantos carros da mesma espécie...
506 - Museu da Carris
Estes carros eram os que atingiam maior velocidade, ao tempo. Estavam equipados com boggies de 2 motores de 45 hp cada. O Carro 908, na foto, exibe o primeiro anúncio publicitário a ocupar integralmente o corpo de um eléctrico .
908 - Praça do Comércio
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Em conjunto com a série 901-910, estes foram os últimos carros a serem integralmente construídos pela Companhia Carris. O seu formato anguloso valeu-lhes a alcunha de "caixotes". Desta série, inspirada nos eléctricos alemães, o 741 está no Museu, enquanto que, a partir de 1987, vários carros "standard" tomaram os seus números e "chassis" (ver fotos a seguir).
741 - Museu da Carris
742 - Rua Augusta
Aí está como o Carro 742 mudou de formato...
742 - Largo do Rato
Visitante
Esta série (de Salão) tem duas fases de construção. A primeira, em 1939, com os carros 801 a 805, com boggies de quatro motores de 45 hp cada; a segunda, em 1943, com os carros 806 a 810, com boggies de 2 motores cada, aproveitados após o abate dos carros 363 a 367.
O seu aspecto maciço mereceu a alcunha de "Boi".
O Carro 802, actualmente no Museu da Carris, sofreu algumas alterações estéticas desde que entrou ao serviço até ser abatido no final dos anos 70 (ver esta foto e as seguintes).
802 - Museu da Carris
802 - Largo do Corpo Santo, anos 40
802 - Praça do Comércio, anos 70
Os carros 806 a 810 sofreram uma última alteração estética. Foram abatidos mais tarde, no final dos anos 90
806 - Praça do Comércio
Visitante
208 - Terminal de Benfica
Entretanto, em 1937, foram montadas carroçarias "standard" em todos os carros desta série, ficando algum tempo depois os carros 203 a 220 como unidireccionais (com atrelados - veja-se o 208, na foto) e os 221 a 282 como bidireccionais. A sua alcunha entre o pessoal da Carris era "Maximbombos". O seu aspecto era exactamente igual ao das séries 613-617 e 701-735.
227 - Largo da Estrela
E aqui está o 227, bidireccional.